quinta-feira, 20 de junho de 2013

Direito de resistir

Eu nunca assinei o tal contrato social (se o fiz, anulo-o por vício de vontade).

A História da Liberdade

Naquela época, cada um ao seu jeito, em sua casa, à noite, no ensaio do porvir - eterna esperança que ainda palpita -, cada um ao seu jeito, eu dizia, cerrava fileiras em frente ao mesmo general: a televisão, depois transmutada para telas cada vez menores e conectadas entre si.

Diziam-se livres, mas só na medida em que isso lhes era autorizado, e principalmente quando presos dentro de casas de consumo; mas, o mais estranho, efetivamente sentiam-se livres, caso evidente de desvio cognitivo coletivo.

Os cães sem dono - que depois, descobriu-se por acaso durante uma cirurgia em que o veterinário esquecera-se da anestesia, sabiam falar (e praguejar) - é que eram livres: não trabalhavam, tomavam banho de chuva e eram alimentados por tias gordas e solteiras.