Essa gente existe?
A segurança dessa gente, sei muito bem, esconde uma insegurança que deixaria corar a mais pudica adolescente do interior (se é que ainda temos adolescentes do interior, no sentido romancesco; acho que hoje só temos as nabokovianas).
Os aparentemente seguros são os mais inseguros: é exatamente para não aflorar a sua insegurança que erguem uma fortaleza diante do mundo; se pudessem evitariam o contato social; o coração grita "terra à vista!", essa gente faz ouvidos moucos e aproa longe.
Essa gente, como dizia o cantor, tem a segurança de quem não sai do mesmo lugar. São pedras que não rolam.
Se as flores de plástico não morrem, gente de plástico não vive...
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