quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Tião

Naquele dia levantou-se mais tarde.
Não tomou café, mas jantou.
Churrasqueou em seguida, com cerveja e VT do futebol.
Passou o ônibus, ele ficou: iria depois, o chefe que se danasse.
Tomou as rédeas da própria vida.
Afinal, era ainda um rapaz – 26 aninhos...
Sentia-se uma peça excedente na engrenagem do que diziam civilizado.
A barba cresceu, assim como o cabelo e o tamanho da alma.
Coturno velho nos pés, caminhou sem destino.
Voltou, voltava, voltaria talvez e de novo tornaria a ser.
Definitivamente, não. E sim.
Era livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário